| A poucos dias da entrada em vigor das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o governo federal irá intensificar as negociações com representantes de Washington. O plano, segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, é, em caso de não reversão total até sexta-feira, 1º, evitar ao menos a taxação de itens estratégicos, como alimentos e aeronaves da Embraer. O vice-presidente assumiu as negociações com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mas, por ora, Alckmin reconhece que há pouco avanço nas conversas. O Brasil tenta separar a pauta política da econômica e se reposicionar como parceiro comercial sólido dos Estados Unidos. Atualmente, o país norte-americano é o maior importador do suco de laranja produzido aqui (42% da produção) e importante comprador de café. Uma das maiores preocupações do governo brasileiro é o efeito direto da tarifa sobre o setor aeronáutico, especialmente os contratos em andamento da Embraer com companhias norte-americanas regionais. Estima-se que cerca de 30% das aeronaves comerciais exportadas pela empresa tenham os EUA como destino final. A posição da Embraer reforça o argumento brasileiro na Organização Mundial do Comércio (OMC) de que a medida compromete acordos multilaterais sobre concorrência leal e quebra a previsibilidade contratual em mercados estratégicos. |
| – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ponderação ao presidente Trump: “Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita sobre a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que, no mundo civilizado, a gente faz: tem divergência? Tem. Sente numa mesa, coloque a divergência de lado e vamos tentar resolver”, declarou. |
