segunda-feira, junho 30, 2025
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Julho Amarelo alerta para os riscos das hepatites virais

A hepatologista do Itaigara Memorial Gastro-Hepato Endoscopia, Lourianne Cavalcante orienta sobre sintomas, formas de contágio e prevenção das hepatites virais

Silenciosas e potencialmente graves, as hepatites virais seguem como um dos principais desafios de saúde pública no Brasil. A campanha Julho Amarelo, promovida nacionalmente ao longo do mês, tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos, as formas de transmissão e a importância da testagem e do tratamento adequado.

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Fígado, estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas convivem com hepatites virais sem saber, o que contribui para a propagação da doença e dificulta o início do tratamento em estágios iniciais.

De acordo com a hepatologista do Itaigara Memorial Gastro-Hepato Endoscopia, Lourianne Cavalcante, as hepatites virais podem ser transmitidas por diferentes vias, como ingestão de alimentos e água contaminados, relações sexuais sem proteção, uso de materiais perfurocortantes não esterilizados e até mesmo de mãe para filho durante a gestação.

“Muitas pessoas não apresentam sintomas e, por isso, deixam de buscar diagnóstico e tratamento. Quando presentes, os sinais incluem cansaço, enjoo, dor abdominal, olhos e pele amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras”, alerta.

A seguir, a especialista apresenta as principais hepatites virais, suas formas de transmissão e as formas mais eficazes de prevenção:

Hepatite A

Essa infecção costuma ocorrer por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados, especialmente em locais com deficiência de saneamento básico, afirma Lourriane. “Em muitos casos, o organismo consegue eliminar o vírus naturalmente. A vacinação é a medida mais eficaz para evitar a doença”, acrescenta.

Hepatite B

A médica conta que a Hepatite B pode ser transmitida durante relações sexuais sem proteção, pelo contato com sangue infectado ou da mãe para o filho na gestação. “É a segunda forma mais comum no Brasil. A vacina e o uso de preservativos são fundamentais na prevenção”, disse.

Hepatite C

A forma de contágio mais comum é pelo contato com sangue contaminado, o que pode ocorrer em situações como uso compartilhado de agulhas ou materiais de manicure, explica a hepatologista. “Ainda não existe vacina, mas o tratamento atual apresenta alto índice de cura. A hepatite C é uma das principais causas de cirrose e necessidade de transplante hepático”, alerta.

Hepatite D

“Acomete apenas pessoas que já têm hepatite B. É mais frequente na região Norte do país. A vacina contra hepatite B também oferece proteção contra esse tipo”, relata a especialista.

Hepatite E

A transmissão acontece pela via digestiva, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, informa Lourianne. “Merece atenção especial entre gestantes, que podem apresentar formas mais graves da doença. A prevenção envolve cuidados com higiene e acesso ao saneamento”, conclui a médica.

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