O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou uma resolução histórica que amplia as atribuições dos farmacêuticos no Brasil, permitindo que esses profissionais prescrevam medicamentos, inclusive aqueles que exigem prescrição médica. A decisão, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (17), visa reforçar o papel desses profissionais no cuidado à saúde da população.
Com a mudança, os farmacêuticos poderão não apenas prescrever medicamentos, mas também renovar receitas emitidas por outros profissionais de saúde e oferecer orientações em casos de risco iminente à vida do paciente. A nova norma autoriza ainda a realização de consultas presenciais ou por telefarmácia, além de permitir que farmacêuticos solicitem, realizem e interpretem exames laboratoriais e testes rápidos.
Segundo o CFF, a medida está alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, que determinam que a formação dos farmacêuticos inclua competências para prescrição de medicamentos, terapias não farmacológicas e outras intervenções em saúde. A iniciativa visa otimizar o acesso da população ao cuidado farmacêutico, especialmente em locais onde a assistência médica é limitada.
A regulamentação reforça o papel do farmacêutico como peça fundamental na equipe de saúde, ampliando sua capacidade de atuar em ações preventivas e no tratamento de doenças. A decisão é vista como um avanço para a profissão, que ganha mais autonomia e se torna ainda mais relevante no enfrentamento de desafios no sistema de saúde do país.