terça-feira, outubro 21, 2025
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Festival Pernambucano de Literatura Negra disputa final do Jabuti, no Rio de Janeiro

Festival Pernambucano de Literatura Negra disputa final do Jabuti, no Rio de Janeiro

A cerimônia será realizada na segunda-feira (27), às 19h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com representação da jornalista, escritora e idealizadora do festival, Jaqueline Fraga. O público poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelo canal da CBL no YouTube

Depois de um ano marcante para o cinema pernambucano, com produções premiadas e reconhecidas nacionalmente e internacionalmente, agora é a literatura que ocupa o centro das atenções. Na próxima segunda-feira, 27 de outubro, o Festival Pernambucano de Literatura Negra representará o estado na cerimônia do Prêmio Jabuti 2025, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento chega à sua 67ª edição como a principal premiação literária do país, reunindo autores, editores, jornalistas e leitores de todo o Brasil. O público poderá acompanhar a solenidade, gratuitamente pelo Youtube, a partir das 19h.

O festival concorre na categoria Fomento à Leitura, uma das mais simbólicas do Jabuti, voltada a iniciativas que promovem o livro e a formação de leitores. É o único projeto das regiões Norte e Nordeste entre os cinco finalistas deste ano. A jornalista e escritora Jaqueline Fraga, idealizadora e diretora do festival, já confirmou presença na cerimônia e representará Pernambuco no palco do Theatro Municipal.

“Estar entre os cinco finalistas do Jabuti é o reconhecimento de um trabalho feito com muito amor e dedicação. É ver a literatura negra de Pernambuco alcançar o espaço que merece. Como idealizadora, saber que uma iniciativa que nasceu de um sonho meu — e que encontrou muitas mãos pelo caminho — conquistou um dos principais reconhecimentos do país é motivo de orgulho e felicidade. Vida longa ao Festival Pernambucano de Literatura Negra”, afirmou Jaqueline.

O Festival Pernambucano de Literatura Negra surgiu como resposta a uma demanda antiga de escritores, escritoras negras e leitores que sentiam falta de um espaço de pertencimento e representatividade na cena literária do estado. O objetivo foi criar um ambiente em que a literatura negra pudesse dialogar com o público, ocupar ruas, escolas e universidades, e inspirar novas gerações.

Desde então, o projeto se tornou um movimento cultural e político. Em cinco edições, o festival já impactou mais de 10 mil pessoas em diversas Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco — do Sertão ao Agreste, passando pela Região Metropolitana do Recife. Tornou-se um palco de descobertas, revelando novos autores, poetas e editoras independentes, além de promover o acesso à leitura como prática de cidadania e resistência.

Idealizado por Jaqueline Fraga, o festival ganhou projeção nacional por unir literatura, diversidade e compromisso social. Jaqueline também é autora de Negra Sou: a ascensão da mulher negra no mercado de trabalho (Editora Independente), livro que a levou à final do Prêmio Jabuti 2020, na categoria Biografia, Documentário e Reportagem. Ela também é autora de Pandemia: os reflexos da maior emergência sanitária do planeta em 15 reportagens especiais, finalista do Prêmio Vladimir Herzog.

Com uma proposta intergeracional, o festival tem buscado construir suas ações pautado nas questões que dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o Plano Nacional de Cultura, a Constituição Federal, o UNICEF e a UNESCO, reforçando o papel da cultura como direito e ferramenta de inclusão.

Na categoria Fomento à Leitura, o festival pernambucano divide espaço com quatro projetos de outras regiões do país: AbraPalavra: onde a literatura se encontra com a vida cotidiana, de Aline Cântia (Minas Gerais); Clube de Leitura Ossos de Pássaro, de Thais Pessanha (Rio de Janeiro); Leia Mulheres, coordenado por Juliana Leuenroth (São Paulo); e Literatura Acessível – 10 anos, promovido pelo Instituto Incluir (Rio de Janeiro).

Este ano, o Prêmio Jabuti recebeu mais de 4,5 mil inscrições, avaliadas por um júri de 60 profissionais da literatura e da educação. A cerimônia de segunda terá transmissão ao vivo pelo canal da Câmara Brasileira do Livro (CBL) no YouTube e faz parte da programação do título Rio Capital Mundial do Livro, concedido pela UNESCO para o período de abril de 2025 a abril de 2026. O público poderá assistir, de qualquer lugar do mundo,  pelo celular, Tablet, computador e notebook, sem precisar pagar nada. 

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