Campanha Outubro Rosa reforça importância do rastreamento e do check-up anual para reduzir mortalidade entre mulheres
O mês de outubro é marcado pela campanha internacional Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), a projeção é de que os casos desse tipo de tumor aumentem em 38% no mundo até 2050, em comparação com os números de 2022. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 73 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025.
De acordo com o mastologista do Itaigara Memorial, Dr. Daniel Cendon Duran, a realização de consultas anuais com o especialista é essencial. “O câncer de mama se constitui como uma multiplicação desordenada de células anormais que compõem o tecido mamário, formando assim tumores. Daí a importância do check-up médico regular, pois, quando diagnosticada precocemente, a doença pode ter taxas de cura acima de 95%”, explica.
Os principais sintomas incluem nódulos endurecidos e indolores nas mamas, retrações ou abaulamentos de pele e mamilos, secreção papilar sanguinolenta ou incolor, feridas ou descamação da aréola, edema ou inchaço de pele com aspecto em casca de laranja, vermelhidão, nódulos em axilas ou pescoço. No entanto, o médico alerta que muitos casos não apresentam sintomas na fase inicial, reforçando a importância do acompanhamento preventivo e do autoexame.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico pode ser feito por exames como mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética e biópsia do tecido mamário. “Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar a mamografia anualmente, mesmo sem sinais ou sintomas, já que isso permite identificar tumores em estágios iniciais, aumentando as chances de tratamento eficaz e menos agressivo, além de maiores chances de cura”, reforça Daniel.
Inclusive, o Ministério da Saúde divulgou no mês passado que a realização da mamografia passa a ser recomendado “sob demanda” para mulheres de 40 a 49 anos, por meio da vontade da paciente e indicação médica. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) já orientava a realização anual do exame a partir dos 40 anos. Em 2024, mais de 30% das mamografias realizadas no país foram em mulheres abaixo dos 50 anos, de acordo com o Ministério da Saúde.
O tratamento se baseia principalmente na cirurgia e, em muitos casos, necessita ser complementado por quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, inibidores hormonais ou anticorpos monoclonais. “No Itaigara Memorial Hospital Dia, podem ser realizadas cirurgias com alta no mesmo dia. Uma delas é a cirurgia conservadora da mama ou quadrantectomia que retira o tumor de câncer de mama e uma margem de tecido saudável ao seu redor, conservando o restante da mama. Outra cirurgia é a mastectomia que remove todo o tecido mamário, preservando ou não pele e o mamilo, a depender do envolvimento da doença”, informa o médico.
Prevenção
Embora idade e histórico familiar sejam fatores de risco importantes, o câncer de mama também está associado à exposição hormonal, nuliparidade, menarca precoce e menopausa tardia, consumo excessivo de álcool, tabagismo e sedentarismo. Confira a seguir medidas que ajudam na prevenção:
- Manter o peso adequado;
- Praticar atividade física regularmente;
- Adotar uma alimentação equilibrada;
- Não fumar;
- Reduzir ou evitar o consumo de álcool.
O Itaigara Memorial conta com o Instituto da Mulher, unidade composta por profissionais de diversas especialidades dedicados à saúde feminina, com atendimentos em consultório na área de mastologia, além da realização de procedimentos, como retirada de nódulos, que são feitos no Itaigara Memorial Hospital Dia. Essas cirurgias de baixa complexidade são realizadas de forma rápida, com tempo máximo de internamento de até 12 horas e alta no mesmo dia.Foto: Freepik