sábado, outubro 18, 2025
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Sob risco de encerrar atividade, Teatro Gamboa inicia campanha para compra de imóvel

No mês em que é celebrado o Dia Nacional do Artista de Teatro (nesta terça-feira, 19 de agosto), uma campanha pode ajudar na manutenção de um dos equipamentos culturais mais importantes de Salvador. A casa onde funciona o Teatro Gamboa, que há 51 anos é palco de artistas consagrados e iniciantes na cena artística da cidade, foi posta à venda, com a prioridade da compra para a Associação Teatro Gamboa, uma organização sem fins lucrativos, composta exclusivamente por artistas, produtores culturais e técnicos, que gerencia o espaço.

As doações podem ser feitas através do link https://www.catarse.me/ficagamboa. O objetivo é arrecadar R$500 mil para a compra do imóvel e para realizar reformas. O Gamboa oferece pauta gratuita para artistas, apoio técnico, assessoria de imprensa, criação gráfica e o total da bilheteria revertida para as produções, iniciativa possível porque desde 2009 recebe o apoio da Secretaria de Cultura do Estado, através do Edital de Apoio a Ações Continuadas de Instituições Culturais, suporte fundamental para a permanência das atividades do teatro a partir do investimento em sua manutenção, estrutura física e equipe técnica.

Em 2025 o Teatro Gamboa completa 51 anos e, desde o início das suas atividades, é reconhecido por ser um espaço democrático que investe tanto em artistas renomados quanto em novos nomes da cena cultural do estado. Foi o primeiro palco de cantoras que, mais tarde, se tornaram nacionalmente conhecidas, como Zizi Possi e Luedji Luna.

Muitos fatores podem explicar a memória afetiva que o público tem com o Gamboa. Sua localização geográfica privilegiada facilita o acesso e o coloca no roteiro de opções no centro da capital baiana. Ele fica, mais precisamente, na Rua Gamboa de Cima, entre a Avenida Contorno, o vizinho e parceiro Teatro Vila Velha e o Largo dos Aflitos, próximo à estação de metrô da Lapa, à Rua Carlos Gomes e à Avenida Sete de Setembro. Por sua proximidade também com a comunidade da Gamboa de Baixo, o teatro buscou estabelecer uma relação com os moradores da região e promove ações como carurus ofertados anualmente para as crianças do bairro e espetáculos gratuitos para quem vive no local.

Já com a comunidade artística da cidade e do estado, a iniciativa que pode definir a relação é a de democratização do acesso e uma política de suporte ao artista e difusão do seu trabalho por meio de ações como a oferta de serviços técnicos gratuitos à montagem dos espetáculos e bilheteria com tarifas sociais inteiramente revertidas para as produções que compõem a programação. Os artistas não pagam a pauta do espaço e contam com serviços como elaboração de cards de divulgação, assessoria de imprensa e suporte técnico. Essa democratização do acesso se dá também para o público, já que o Gamboa oferece opções com preços populares ou de graça.

A agenda é montada com foco na diversidade de manifestações artísticas, abrindo espaço para peças teatrais para todas as idades, shows de artistas consagrados na cena e independentes, stand-up comedy, além de oficinas formativas. O espaço físico recebe ainda exposições em seu foyer, dedicado ao artista Jayme Fygura, que nomeia o local.

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