Filósofo baiano e reitor da UFBA por dois mandatos, autor vence com obra “Gatos, Peixes e Elefantes – A gramática dos Acordos Profundos”, editado pela Aretê
O filósofo e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, venceu a 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, na categoria Filosofia, com a obra “Gatos, Peixes e Elefantes – A gramática dos Acordos Profundos”, lançado pela editora Aretê. Promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). A cerimônia aconteceu na noite desta terça-feira (05/08), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, celebrando as melhores produções científicas, técnicas e profissionais do país. (Confira aqui o vídeo do premiação)
A primeira tiragem da obra está esgotada e uma segunda está em fase de impressão na gráfica. A pré-venda já está em curso pelo site: www.areteeditora.com e os novos exemplares serão disponibilizados no fim deste mês.
Com vasta trajetória intelectual e reconhecido como um dos principais estudiosos da obra do filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein, Salles conquistou o prêmio com seu 17º livro, que reflete sobre a linguagem, o conhecimento e os fundamentos do pensar filosófico. A obra investiga, a partir do pensamento wittgensteiniano, o tema dos desacordos e acordos profundos que permeiam as interações humanas.
O Prêmio Jabuti Acadêmico recebeu mais de 2 mil inscrições nesta segunda edição e reconheceu pesquisadores, autores e editoras que se destacaram por sua contribuição à produção de conhecimento no Brasil.
João Carlos Salles foi reitor da UFBA por dois mandatos, entre 2014 e 2022, foi presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), é membro titular fundador da Academia de Ciências da Bahia e membro da Academia de Letras da Bahia, na qual, ocupa a cadeira 32, cujo patrono é o cachoeirano André Pinto Rebouças.
Saiba mais sobre João Carlos Salles
Professor titular do Departamento de Filosofia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no qual passou a lecionar em setembro de 1985, nele ingressando por concurso em 1990. Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (1985), Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1992) e Doutor em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (1999), foi Chefe do Departamento de Filosofia (1999-2001), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (2001-2006 e 2008-2009), Coordenador de Pesquisa da UFBA (2006-2008) e Diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (2009-2014). Reitor da Universidade Federal da Bahia por dois mandatos, de 2014 a 2022. Enquanto Reitor da UFBA, foi eleito membro da Diretoria da ANDIFES como Vice-Presidente, em julho de 2018, para mandato de um ano; e, em julho de 2019, também para mandato de um ano, foi eleito Presidente da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). Entre outros livros, publicou A Gramática das Cores em Wittgenstein (2002), O Retrato do Vermelho e Outros Ensaios (2006), O Cético e o Enxadrista: Significação e Experiência em Wittgenstein (2012), Filosofia, Política e Universidade (2016), A Cláusula Zero do Conhecimento: Estudos sobre Wittgenstein e Ernest Sosa (2017), Análise e Gramática: Mais estudos sobre Ernest Sosa e Wittgenstein (2018), Universidade Pública e Democracia (2020), Tractatus, frente e verso (2021), Ernst Cassirer e o Nazismo: e outros textos sobre a proximidade do mal (2022), Entreato: Exercícios de política e filosofia (2024) e Gatos, Peixes e Elefantes: A gramática dos acordos profundos (2024). Também restabeleceu e traduziu o texto das Anotações sobre as Cores, de Wittgenstein, publicado em edição bilíngue pela Editora da Unicamp, em 2009. Sua experiência na área de filosofia volta-se, sobretudo, na perspectiva da epistemologia e da filosofia da linguagem, para a história da filosofia moderna e contemporânea, com ênfase no empirismo clássico e na obra de Ludwig Wittgenstein, bem como na obra de Ernest Sosa. Desenvolve pesquisa (Conhecimento, análise e ação: A teoria da normatividade télica na epistemologia de Ernest Sosa) com bolsa do CNPq, tendo coordenado, de 2010 a 2016, o PRONEX Filosofia e Ciências (FAPESB/CNPq), associado à pesquisa atual e a projetos de pesquisa anteriores. É membro titular fundador da Academia de Ciências da Bahia (a partir de 2011) e membro da Academia de Letras da Bahia, na qual, eleito em 2014, ocupa a cadeira 32, cujo patrono é o cachoeirano André Pinto Rebouças. Além disso, é líder do Grupo de Pesquisa do CNPq Filosofia Moderna e Contemporânea, ao qual se vincula o Grupo de Estudos e Pesquisa Empirismo, Fenomenologia e Gramática (http://www.efg.ufba.br), em funcionamento regular desde 2000. E, tendo sido por dois mandatos presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF), de outubro de 2002 a dezembro de 2006, presidiu a Sociedade Interamericana de Filosofia (SIF) de outubro de 2013 a outubro de 2019, sendo membro vitalício de sua Junta Directiva (na condição de ex-presidente) e membro da atual diretoria da SIF, eleita em dezembro de 2024. Em agosto de 2024, foi eleito membro do Comitê Diretivo (2024-2028) da Fédération Internationale des Sociétés de Philosophie (FISP).