As inscrições para a oficina gratuita de afroculinária foram prorrogadas até o dia 8 de agosto. A primeira atividade do projeto Ecos Ancestrais: Afoxés, Heranças e Tradições tem início previsto neste mês de agosto. O público poderá se inscrever presencialmente, das 10h às 16h, na sede do Afoxé Olorum Baba Mi. Com 20 vagas destinadas prioritariamente a mulheres negras de baixa renda e carga horária total de 64 horas, a oficina terá duração de quatro meses, em formato presencial, e contará com aulas teóricas e práticas. As participantes aprenderão a origem e os fundamentos de pratos típicos como acarajé, abará, vatapá e mingaus, além de receberem kits individuais e módulos de aprendizagem para aprofundar os estudos.
Mais do que ensinar receitas, a oficina busca promover autonomia e formação técnica, criando uma rede de fortalecimento entre as participantes. As aulas iniciarão com rodas de conversa para troca de experiências, seguidas de momentos práticos de preparo dos alimentos, em um ambiente acolhedor e acessível. A proposta educativa é também uma resposta ao racismo estrutural, valorizando a culinária como parte da resistência e da identidade afro-brasileira.
Além da Afroculinária, o projeto ainda contempla mais duas formações gratuitas: a Oficina de Percussão com foco nos toques de ijexá, voltada para crianças e jovens negros, e a Oficina de Adereços, destinada a mulheres e jovens interessados na confecção de elementos visuais do afoxé. Ambas também terão 64 horas de duração, com previsão de início para o segundo semestre de 2025 e início de 2026.
Com o propósito de valorizar e difundir a cultura de matriz africana, as ações do projeto Ecos Ancestrais: Afoxés, Heranças e Tradições serão realizadas na sede do Afoxé Olorum Baba Mi e contarão com medidas de acessibilidade à informação para todos, além de inclusão e respeito à diversidade, como legendas nos materiais audiovisuais e capacitação da equipe para uma abordagem inclusiva. O projeto tem o intuito de proporcionar vivências culturais transformadoras e se apresenta como um espaço de aprendizagem, acolhimento e celebração das heranças africanas.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.