A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) volta a se reunir na próxima quarta-feira (9) em Honduras, em meio a uma posição tida como agressiva contra a região por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Assim, o presidente Lula (PT), viaja nesta terça-feira (8) até Tegucigalpa, capital hondurenha, onde chanceleres dos países-membros se reunirão para alinhar os detalhes do encontro entre os chefes de Estado.
A a expectativa é de a cúpula seja esvaziada, repetindo o padrão dos últimos anos, em que líderes de apenas 11 dos 33 países que fazem parte da comunidade confirmaram presença, segundo divulgou a agência de notícias EFE.
Mesmo com os desfalques, líderes de países de peso estarão presentes, como Bolívia, México e Colômbia. O momento escolhido para o ato é de mais tranquilidade interna na América Latina.
Os desafios atuais estão centrados após a política externa de Trump, que tem atacado países adversários e aliados desde o retorno à Casa Branca em janeiro. As questões envolvendo os desejos de expansão de Trump chamam mais a atenção do que a guerra tarifária, já que o presidente dos EUA fez uma possível ameaça de tomar o canal do Panamá.
Enquanto isso, países como o México foram taxados numa tarifa mínima de 10% pelos EUA. As únicas exceções foram Venezuela e Nicarágua, que sofreram com taxas de 15% e 18%, respectivamente.
O cenário considerado hostil pode se tornar uma forma dos países integrantes da Celac retomarem o principal objetivo de quando foi criada em 2011: integrar a região. A avaliação feita pelo governo brasileiro aponta que a reunião será importante para que os países juntos possam fazer uma avaliação sobre a presença atual dos EUA na América Latina.